terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Conversa de pós-moderna

revanche diz:
ai amiga linda
tô com saudade do tempo que eu era feliz
atendia ao telefone sem medo de brigar
saía feliz andando pela orla
andava de bicicleta
tomava litros de tequila sem culpa alguma!
comia sushi feliz
ia ao cinema
à livraria
andava de mãos dadas
caralho ;~~~~~~~~~~~~~~~~~~
vingança diz:
acho que o tempo que eu era mais feliz faz mais tempo!
revanche diz:
eu tô falando de namoro, amiga. não de família!
vingança diz:
ai amiga,
essa vida é muito boa comigo
mas às vezes ela me esgana
como se Deus ou as forças astrais fossem muito temperamentais
revanche diz:
é verdade
mas tudo depende da gente, amiga
se a gente distribui sorriso
colhe alegria
vingança diz:
caralho
revanche diz:
NÃÃÃO, AO CONTRÁRIO:
se a gente distribui alegria, colhe sorrisos
se a gente distribui gaia, colhe gaia, choro, desprezo, desvelo
vingaça diz:
CARALHO
revanche diz:
se a gente distribui abraço, colhe amizade
assim por diante...
se a gente distribui falsidade, colhe infelicidade
umas bijouterias de merda que perdem logo o brilho
se a gente é inocente, botam no da gente!
Se damos amor demais, temos dor demais
se damos de menos, somos muito julgadas
vingaça diz:
eu tava ouvindo uma música hoje, chamada trajetória, é bem bonita
ela diz que:
recebe menos quem mais tem a dar
revanche diz:
é verdade
menos é mais
assim na roupa, na comida(leia-se: na barriga)
e no amor.

Prova do tempo



Tempo, tempo, tempo, t e m p o,
Sempre odiei esta palavra!
Tic tac é mais sútil...

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Grãos de amor






Pior que passar meses com

folhas em branco. É ter a

mente cheia e não conseguir

expressar meu pranto

Tenho a boca selada e cheia

de saliva. Tenho os olhos

cerrados e minhas lágrimas

escapam pelas beiras



Sinto os pés atados e as

mãos cheias de areia

Sinto vergonha por certa

vez haver permitido

esmaecer por tão

poucos grãos de areia.






sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Naila


En una noche de luna
Naila lloraba ante mí
Ella me hablaba con ternura

Puso en mis labios su dulzura
Yo le decía por que lloraba
Y ella me contestó así:

Ya me embriagué con otro hombre
ya no soy Naila para tí
Ya me embriagué con otro hombre
ya no soy Naila para tí.

Naila, di porque me abandonas
Tonta, si bien sabes que te quiero
Vuelve a mi, ya no busques
otros senderos

Te perdono, porque sin tu amor
se me parte el corazón!


Lila Downs

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Viceversa


Tengo miedo de verte
necesidad de verte
esperanza de verte
desazones de verte
Tengo ganas de hallarte
preocupación de hallarte
certidumbre de hallarte
pobres dudas de hallarte
Tengo urgencia de oírte
alegría de oírte
Buena sorte de oírte
y temores de oírte
O sea
resumiendo
estoy jodido
y radiante
quizá más lo primero
que lo segundo
y también
viceversa.
[Mário Benedetti]

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Banhada em lágrimas





Desculpa, eu não sei como te pedir pra passar o resto da vida comigo
sem ter medo de te perder em menos da metade dela.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Um outro ângulo



Que maldita essa mania
de querer tudo advinhar
de achar que interpretando
t
u
d
o
algo pode mudar, quando é
só mudar de
p
l
a
n
o
e tudo se empoeirar.

Olhar por uma outra ótica
nos faz enxergar a dor do outro
do ferido, do desprezado, do odiado
que outrora fora amado - vale salientar.

É preciso enxergar de um outro modo
(antes que se enjoe desse).

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

He


She may be the face I can't forget,
A trace of pleasure or regret,
May be my treasure or
The price I have to pay.

She may be the song that summer sings,
May be the chill that autumn brings,
May be a hundred different things
Within the measure of a day.

She may be the beauty or the beast,
be the famine or the feast,
May turn each day into a
Heaven or a hell.

She may be the mirror of my dream,
A smile reflected in a stream,
She may not be what she may seem
Inside her shell.

She who always seems so happy in a crowd,
Whose eyes can be so private and so proud,
No one's allowed to see them
When they cry.

She may be the love that cannot hope to last,
May come to me from shadows of the past,
That I'll remember till the day I die.

She may be the reason I survive,
The why and wherefore I'm alive,
The one I'll care for through the
Rough and ready years.

Me, I'll take her laughter and her tears
And make them all my
where she goes I've got to be.
The meaning of my life is she, she, she...


Composição: Charles Aznavour / Herbert Kretzmere

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Os dez mandamentos






Não há ombro, coluna, amizade e suporte que aguente um turbilhão todos os meses, todo santo final de semana, toda sexta-feira. Por isso foi criada a listinha dos dez mandamentos mágicos. Que surgiu numa das sextas frustradas, que começam na Cidade Universitária e terminam num banco de praça, tomando um sorvete de três bolas e as jujubas são atiradas no lixo. Depois de trinta minutos de conversa e o sorvete acabado surge um caderno e um grafite de dois reais vermelho e branco, e uma vontade imensa de querer mudar algo (ao menos nas sextas-feiras haha) em si, para si, para elas.


1. Não cortar mais o cabelo

2. Não dar em cima de nenhum homem

3. Emagrecer um pouquinho

4. Ter sempre unhas pintadas

5. Ser uma lady quando beber

6. Ser simpática com todos, enquanto sóbrias

7. Freqüentar lugares diferentes

8. Só sair dia de sábado

9. Ser ruim feito o pica-pau


Depois de muita discussão entramos em harmonia e designamos que diante desses ítens falhos e débeis deveria ter um crucial, que mudaria tudo. E foi o item zero.


0. Estudar geomorfologia (pra caralho).


Assim foi, e assim ficou no caderno de uma das amigas, só para servir como prova meses depois. O item zero mudou a vida delas. Por se dedicar quase que integralmente aos estudos, tirando as horas de sono e de serviços domésticos, tudo mudou. O tempo passou, o cabelo cresceu, a pança encolheu, e com unhas pintadas ou não, graças a nós não temos mais tempo a ser perdido com sextas infames e difamatórias.

Os planos que antes eram grandes, hoje se tornaram gigantes e ainda mais difíceis, embora sejam mais palpáveis. Tempo para perder com outros já não há. E isso é bom. Isso é ótimo. Pois empenhadas assim, com o tempo vêm os frutos, os bons frutos.

Esse é o lado bom, o lado ruim é que não há tempo para pintar unhas, nem buscar novos lugares, mas já reconhecemos que o melhor é o nosso canto, quando podemos chamar de lar, de nosso bar.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Tarot do Dia: O Ceifador



A importância de deixar ir

Cultivar o desapego é um dos conselhos fundamentais dado pelo arcano chamado “O Ceifador”. Existem momentos da vida em que somos desafiados a perder cascas, a compreender a importância de caminhar, deixando paisagens para trás. Ainda que isso doa, uma vez que nosso ego se estrutura a partir de apegos e identificações, é a compreensão meditativa de que tudo passa que lhe permitirá seguir caminhando e, enfim, abrir-se ao novo que belamente se introduz em sua vida, pouco a pouco, passo a passo, até que você apareça com a alma totalmente renovada. Procure se interiorizar neste momento, evitando grandes atividades sociais. Faça este contato com o núcleo da sua alma e você entenderá quais são as coisas que precisam ser deixadas para trás.


É. Tenho uma amiga, uma das melhores, que sempre me fala coisas dos astros, de signos, essas coisas de zodíaco, e me diz sempre que não acredita muito quando dá coisa ruim pra vida dela (haha) pode ser mediocridade, perda de tempo o que for, mas há que ter um ungüento como escape pros absurdos dessa vida.

A arte do desapego, chamamos de pica-pau-life-style.
"Querer, mas ao mesmo tempo estar disposto a abrir mão se não for pra ser seu".

É assim que a gente leva a vida e tenta utilizar os baques como degraus, que a estrada é longa, e por ironia do destino escolhemos o mesmo caminho, o mais longo, onde no fim o que há é felicidade, embora ainda haja muito pranto e muito riso pela frente.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Lua e Estrela






Não sei porque esse caras, depois que ficam velhos,
além de belos ficam recalcados e tarados.
Mas tudo bem, não vem ao caso (por hora) discutir
todos os esquerdistas de vinte anos que viram
neo-liberais aos sessenta.
Só vim aqui postar uma música, que não sai da minha cabeça.
E é linda.

Menina do anel de lua e estrela
Raios de sol, no céu da cidade
Brilho da lua ôôô, noite é bem tarde

Penso em você, fico com saudade
Manhã chegando
Luzes morrendo, nesse espelho
Que é nossa cidade

Quem é você, ôôô qual o seu nome?
Conta pra mim, diz como eu te encontro
Mas deixa o destino, deixe ao acaso
Quem sabe eu te encontro
De noite no Baixo

Brilho da lua ôôô, noite é bem tarde
Penso em você, fico com saudade.



quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Com alguns homens fui feliz, com outros fui mulher.



Ai, ai. A preguiça que tem me assomado esses dias me assusta. Tenho dado preferência ficar em casa, deitada no sofá vendo caverna do dragão, ou sentada nessa cadeira dura, que de tanta dureza me lembra o que me espera lá fora, e por aqui mesmo eu fico.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

"(...) O que há de doloroso em tôda a relação entre sêres humanos ainda não me surpreendera e ainda não tinha experimentado. Por mais unidos que sejam, sempre permanece entre dois sêres humanos uma lacuna, que apenas o amor, e apenas de tempos em tempos, pode transpor com uma ponte improvisada (...)"

Knulp - Hermann Hesse

(mais um achado - meu - de Hesse, entres os sebos)

segunda-feira, 14 de setembro de 2009



¿Quieres saber qué me gusta de ti? Que me rechazaste, que eres delicado, que estás asustado, que eres guapo, que estás fuera, que me provocas ternura, que me excitas, que estás igual de atrapado que yo.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Dor sem cura


Há muito tenho um tufo de lágrimas preso na garganta que me impede de dizer tudo o que mereces ouvir.
Tem tempo que ando triste e não cumpro meus deveres, nem o que mais gosto me excita mais.
Nada me apetece e meu organismo já não responde mais:
Meus olhos sempre com olheiras já estão tão profundos que do fundo do poço não enxergo outras pessoas.
Meu sono desregulado me desnorteia a rotina, hora por não vir nunca, ou vir sempre nas horas menos inesperadas.
Meus ouvidos estão saturados de escutar tanta bobagem, tanta merda
nesse mundo, e cansados de ouvir lamúrios falsos de gente que não dá valor à vida.
Minha garganta engasgada me impede de engulir o mar que tenta todos os dias me engulir.
Por isso meu coração vai de acordo com a maré.
Por horas cheio de vida e bonito, por outras cheio de vida também, porém daquelas pequeninas que se escondem em buracos na areia, ou oscilando de acordo com o vento.
Minha dor deve ter remédio, mas faz anos que cansei de procurar; A alternância de amores assimilados com proporções de tristeza e alegria me enganou e já me sentia sem rumo, perdida, ao menos até hoje pela manhã.
Não sei se fora meu pai brigando pela hora, minha mãe com a sabedoria de sempre a apaziguar ou minha cachorra que me lambeu e me deixou puta, que me fez atinar que estou viva, e apesar daquela frase estupidamente sofrida que sempre ouço em enterros, onde meu coração dilacerado já não sente mais nada e meus ouvidos tornam-se filtros falhos, que me escancarou o mundo.
É, 'a vida continua'. E eu posso morrer te amando, mas em outros amores vou-me deixar abraçar.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

23:23





Minha orelha coça, tem alguém falando de mim.
As horas estão iguais, tem alguém pensando em mim.
a verdade, ver-da-de, v e r d a d e m e s m o,
é que sou eu que não consigo passar um dia sem pensar;
também fico imaginando como seria se não fosse como é.
Ah, se a gente pudesse voltar no tempo! Eu não veria o sertão florir,
a gente não teria nunca existido, e eu não saberia o que é ter amado.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Cotidiano



Mamãe já dizia:

- Você tá muito magra, coma.

- Seu cabelo tá muito curto, deixe crescer.

- Seu cabelo tá muito longo, corte.

- Você é linda, mas use maquiagem.

- Use mais vestidos minha filha, seja mais feminina.

- Seu vestido tá muito curto, pegue um casaco.

- Não diga ao seu pai que lhe dei dinheiro.

- Vá arrumar seu quarto, se não, não sai.

- Vá dar banho das cachorras, você se bronzeia.

- Você tá gordinha minha filha, vá caminhar na praia.

- A casa ficou tão silenciosa enquanto você viajava.

- A casa ficou tão arrumada enquanto você viajava.

- Seu pai tá um caso sério!

- Arrume um homem bonito, inteligente e mais velho.

- Esse filme é lindo. Mas eu já vi, bota outro.

- Só vou dormir quando você chegar em casa, venha logo.

- Tenha mais paciência com seu pai, e respeite seu irmão.

- A "coisa" se liga quando a gente fala o nome dela, por isso eu tenho que chamá-la de coisa
(falando da cachorra) .
- Bom dia, flor do dia.

- Misericórdia, ninguém pode dormir nessa casa não!!

Sentimentos noctívagos




Choro, é sempre esse consolo pra lavar a alma.


Mágoa, fica quarando que nem coalhada.


Raiva, é a vontade que tenho de te dar um murro por todo o prazer que me causas.


Espanto, é a depressão que nos faz perder as melhores oportunidades da nossa juventude.


Dádiva, o filho no meio do caminho deixar de ser uma pá a mais para o túmulo.


Ousadia, deixar de ser puritana e fazer quase tudo da lista "o que fazer antes dos trinta".


Destino, a gente é quem faz, e ainda assim levamos rasteira.


Surpresa, a pessoa que mais conhece você é a que menos te entende e a que você mais ama.


Pedestal, nunca ponha uma pessoa lá, pode ficar inalcansável.


Voar, é fechar os olhos e te ver sorrindo e perder meus dedos em tua barba.


Correr, por ter medo de amar.


Morrer, a cada instante, no minucioso momento de elevação


Nascimento, é o prazo da morte do nosso amor.


Caminhar, codo a codo, é a esperança que me faz viver.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

A hora do cansaço

As coisas que amamos,
as pessoas que amamos
são eternas até certo ponto.
Duram o infinito variável
no limite de nosso poder
de respirar a eternidade.

Pensá-las é pensar que não acabam nunca,
dar-lhes moldura de granito.
De outra matéria se tornam, absoluta,
numa outra (maior) realidade.

Começam a esmaecer quando nos cansamos,
e todos nos cansamos, por um ou outro itinerário,
de aspirar a resina do eterno.
Já não pretendemos que sejam imperecíveis.
Restituímos cada ser e coisa à condição precária,
rebaixamos o amor ao estado de utilidade.

Do sonho de eterno fica esse gozo acre
na boca ou na mente, sei lá, talvez no ar.

[Drummond]

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Y aprendi a quitarle de todo el tiempo las experiencias negras de toda la naturaleza humana que persisten alojarse en la cabeza; puesto que somos humanos y estamos de acuerdo que sea facto y costumbre que se recuerden más de cosas malas que buenas. Yendo al grano y el factor principal es que en nuestra amistad hay querer y celo. Y te quiero como pocos, corazon. Eres tu el que me comprendes apenas por la mirada, y tu abrazo rellena el vazio de mi corazon. Te amo.

sábado, 13 de junho de 2009



Olhando uns passarinhos
observei como é que deveria ser
e me revoltei, porque não era.
Mas era lindo o sonho que eu queria
e quis romper, tornar à realidade.
Só que a realidade já estava nos meus sonhos, nas ações.
E voltei com um sorriso de felicidade...
e com o coração apertado de tanta humanidade.


(2006 :~)

domingo, 7 de junho de 2009

Ora, ora

Ora, ora se não fosse o tempo
para apagar as mágoas?
Se não fossem os dias
para aumentar a distância?
Se não fosse a distância
para aumentar o desejo?

Ensaio sobre a paixão

Uma vez perguntaram a Karl Marx qual era a maior/melhor característica humana e ele simplesmente respondeu "Paixão". Os mais alienados, fúteis, pensariam logo na paixão romântica, na irracional. A que deixa a todos mais perfumados e sorridentes que, quando finda deixa uma desolação indescritível. Paixão pode até ser um pouco irracional às vezes (como todo sentimento) mas Marx falava da paixão em si- por completa. Do trabalho, do amor, dos amigos. Senão como poderíamos explicar o afinco dos gênios em suas descobertas? Talvez o acaso ajude, ou a sorte, ou ainda, o destino para os que creêm nisso. Mas não foi tomando banho, em sua hora de descanso que Arquimedes descobriu o volume da coroa que o rei havia encomendado e queria saber se era de ouro maciço ou não? Nós respiramos paixão, bebemos paixão, comemos e defecamos paixão. Nenhuma vida pode ser traçada sem paixão.
(2007)

quarta-feira, 27 de maio de 2009

- Al compás de un son, en un ritmo de obertura, con armonía y sintonía perfectas.



Increíble como una amistad se puede ir más allá de lo que podríamos hablar o describir.
Así es sobre esto que intento hablar a vos. Con ella tengo intimidad, con su risa invitadora y su gesto rudo y dulce desafiantes. Es que por más que peleamos, nos comprendemos y tenemos algo en comun(que aun no sé cual escribir acá de tantas cosas que podría citar).
Podría citar uno, dos, tres defectos,de tanto de los que tenemos o una cualidad de varias otras que tambien tenemos para demonstrar lo casi igualitos que somos.
Entre tantos sueños y amores y desilusiones nos volvemos tan proximas que hay celo, pelea y amor,mucho amor entre nosostras. No sé que más (delante de tantas locuras que ya nos ocurieron) el destino nos reserva, pero es cierto que quiero tener esta amistad hasta el fin de mis días.




Me dá risa como las simples decisiones alteran todo el curso de nuestras vidas. Del barrío eligido para vivir, hasta la escuela donde su hijo va a estudiar. Cuidado, usted puede conocer el amor de su vida en la panadería.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Desabafo

O sentimento é tão grande
e tão dúbio dentro do peito
que eu tô com uma saudade
pra te ver só amanhã.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

OJO



i Acuerda niño! Nin sólo de fiestas es que la vida es echa.
Nin sólo con buenas personas son echos los mejores hallazgos.
Y nin todas las mujeres que para ud son guapas, te quieren bien.
Tal vez mañana sepas comprender que siempre fui sincera.
Tal vez veas que mismo las peores cuchilladas pueden
ser dadas por nuestros mejores amigos y
que ellos no dejaron de ser los mejores amigos.

terça-feira, 19 de maio de 2009


E se Deus chegasse a mim
se minha avó ressuscitasse
meu avô me implorasse
minha mãe chorasse
e meu pai e meu irmão
me obrigassem, eu diria:
não posso usar, eu tenho alergia.
É mais fácil viver quando há em que se espelhar,
quando há quem te ajude.
é bem mais difícil conviver
quando não há Deus em porra nenhuma.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Desde o dia em que te vi




Se tudo começou com verdades
não pode acabar com mentiras

tende a acabar em amor
puro e sincero como o é e sempre foi.

domingo, 17 de maio de 2009

Censo Qualitativo


É difícil tentar manter
uma ótima qualidade
em tudo o que se faz.

Quando tudo que é feito
interdepende de tudo
no mundo de quem sente

A quantidade de suor, de
rugas e dentes franzindo
de olhos bonitos sorrindo

O ritmo e a intensidade,
do andar e do aperto de mãos
A altura do abraço, na ponta dos pés.

Da obediência à exaustão
do esforço, do estudo
O tiro no escuro

(E a luz no fundo do peito
que tornou a brilhar desde então)


E um desmerecido escrito
à uma estimada pessoa
muitas vezes fica sem nexo,

sem verso, convexo e côncavo
como as margens do meu coração

Margens, estas, que desaparecem
quando surges em meu horizonte
fazendo meu peito sangrar

como uma chuva no sertão
que faz o açude antes seco
sangrar e
inundar toda a pista

(É difícil tentar manter
uma qualidade que seja boa
quando meu Norte é no centro

e repele tudo o que me tenta
a mudar de caminho)

Desejo Inefável



Ser humano desprezível
segura tua bic e te
e mantém fiel
a teus princípios

Ouve o que costumavas
escutar, canta o que
cantavas em tua infância
no tapete do meio da sala

e não qesquece teus quereres,
por um momento frágil
num dia amargo
e chuvoso como esse

(não te deixes agir por impulso:
corriqueiro ou rotineiro
ele sempre se demonstra em desvelo

coisa e ato que não queres
mais por medo que destreza)

sábado, 16 de maio de 2009





Choras, sem compreenderes que a saudade
É um bem maior do que a felicidade.
[Manuel Bandeira]

segunda-feira, 4 de maio de 2009

O Texto de Chayanov.




"Sobre a teoria dos sistemas econômicos não capitalistas, sobre a exploração camponesa na Rússia,o sistema de servidão da Rússia;o escravismo nos Estados Unidos"

Tento, consigo às vezes me concentrar. E penso: já estudei isso. No tempo do colégio católico, com a professorinha revolucionária. Em meio a monges reacionários (que rezavam a missa em latim, e eu lá sentada no banco - da primeira fila - achando tudo muito bonito).
"Diz-se unidade econômica familiar não assalariada toda exploração econômica da família camponesa ou artesã que não emprega trabalhadores pagos." Que utiliza apenas o trabalho dos próprios membros familiares.
O texto de Chayanov é chato.
O professor de Geografia Agrária é chato.
Temos que estudar uma paleontologia econômica, unidades econômicas arcaicas e Gal Costa não sai dos meus ouvidos.
Eu leio, escuto minha voz nos meus tímpanos e em meus miolos e ela canta: vivemos na melhor cidade, da América do Suuul
Queria ler uma coisa mais legal. Treinar no meu teclado(faz tempo que não toco).
Pensei em ler Brecht agora. E no meu pai.
Quando pensei em uma coisa mais legal para ler pensei logo em Bandeira. Depois em Brecht.
Mas todos os livros deles que tenho aqui já li e os reli.
Engraçado como se dá nosso(meu) raciocínio.
Quando comecei a ler Chayanov, pensei em Kawtsky, em José de Souza Martins e Jozé Graziano (todos os autores recomendados pelo professor para a prova de questão agrária, campesinato independente e questão agrícola).
Aí comecei a ouvir Gal Costa e voei longe, há quilômetros daqui. Ainda resisti e escrevi algumas linhas sobre a URSS e seu sistema. Sobre como a modernidade afetou a vida do homem do campo, etcétera e tal.
Mas Gal Costa me puxava a um só pensamento.
E o texto, a prova, meu pai, o frio desse tempo úmido se chocaram tanto que se dividiram em vários pensamentos:
Chayanov
Gal Costa
música
teclado
partitura
prova
Kawtsky
Brecht
papai
Bandeira
meu amor.
Essas foram as palavras-chave. Dentre elas com certeza se desenvolveriam muitas outras.
Ressurgiu também a idéia de escrever um livro sobre meu pai.
Mas não como o livro/carta que Kafka escreveu ao próprio pai. Seria melhor(quanta audácia).
Acho que seria mais completo, pelo simples fato de que é mais fácil construir idéias quando já se tem uma base.
Outro livro que também me daria prazer em escrever seria sobre meus amores. Mas esse vai demorar ainda mais para ser concretizado. Simplesmente porque o ápice do romance(do livro) está ocorrendo neste exato momento que estou vivendo.
Ai, meus vinte e um anos.
A vida já me tirou uma paixão, me presenteando com morte, vazio e saudade.
Depois me causou dor, embriaguez e loucuras póstumas.
Uma vez também já fui morta, espancada. Isso foi quando eu conheci o amor. O meu primeiro.
Agora os astros, a vida, Deus(não sei a quem agradecer)
me deram dor, me deram lágrimas, vômitos e gaia.
Eu fico querendo viver mais isso a cada dia, isso é que é danado e me deixa tonta,
zonza, como aquela agoniazinha que se tem segundos antes de pular do trampulim e a sensação gostosa depois
de se ver mergulhado lá no fundo da piscina e se deixar afundar aos poucos, observando todo o azul em volta e as bolhinhas que vão até a superfície.
Se eu estivesse no 2° grau o professor de redação diria que fugi do tema - "olhe o título, se guie por ele, ele é a lanterna do seu labirinto, da sua redação".
E eu iria sorrir, e diria que era tudo culpa de Gal Costa e não tinha fugido de tema algum. Que vai ver,
eu tinha me deitado na cama com a desculpa de estudar para a prova, e pus o cd de Gal só para ficar pensando, escrevendo e fritando por amor.

domingo, 3 de maio de 2009


O rio que fazia uma volta atrás de nossa casa
era a imagem de um vidro mole que fazia uma
volta atrás de casa.
Passou um homem depois e disse: Essa volta
que o rio faz por trás de sua casa se chama
enseada.
Não era mais a imagem de uma cobra de vidro
que fazia uma volta atrás de casa.
Era uma enseada.
Acho que o nome empobreceu a imagem.


[Manoel de Barros]

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Sinônimo controverso


Desde quando coragem é sinônimo de burrice?


Deve ter sido quando Deus escreveu por linhas tortas

e tentou prever que no amor tudo se pode.


(O amor pode tudo, no amor tudo pode

Até dar murro em ponta de faca pode).

segunda-feira, 13 de abril de 2009


Não tenho sonhos
não tenho sono
Não durmo de conchinha
Não faço amor.


Eu transo por sexo
não falo por rancor.

domingo, 12 de abril de 2009

Ilusão do amor



O vento da janela do carro
arrepiou meus cabelos,
me fez fechar os olhos
nessa longa noite de chuva,
e te senti ao meu lado

Desculpe, não sou àquela perfeita
(A mulher, a namorada, a amiga)
sou do jeito que era
com trejeitos de agora.

Meus problemas aumentaram
Meus defeitos se acentuaram
e a sinceridade hoje me é essencial

sou tola, apaixonada e amadora
e tu já não estás mais num pedestal
te enxergo como sempre te revelaste

Te vi ao meu lado ao fechar os olhos
ao te buscar na rua em carros
e nos vi pela luz, pelo reflexo
(do reflexo) do que fomos até hoje.

por anos te guardei em mim
e em meus maus momentos te visitava
Nas noites frias, nas madrugadas,
em sonhos utópicos com amor utópicos

Homem utópico, saía dele
deixa meu menino viver
e me amar

Ilusão branda
saía de mim
deixe-me viver
e ser feliz.

sábado, 11 de abril de 2009



Se quieres sentir la felicidad de amar,

olvides tu alma

l'alma es que estraga el amor

solo en dios ella puede encontrar satisfacción

no en otra alma

solo en dios - o fuera del mundo

l'almas son incomunicables

deja tu cuerpo extenderse con otro cuerpo

porque los cuerpos se entienden, pero las almas no.


[Manuel Bandeira, en una traducción (mal) hecha por mí]

segunda-feira, 6 de abril de 2009

A graça de viver



Engraçado como as coisas se passam na nossa vida.

É preciso agir com discernimento e um mínimo de sensatez

(na falta de sabedoria) diante dos acontecimentos.

Principalmente perante acontecimentos inesperados.

Esses são os que mais modificam a nossa estrada.

E levando em conta que a vida é uma caixinha de surpresas,

torna-se necessário tomar tento aos mínimos detalhes.

Os grandes momentos e as grandes pessoas sempre vão existir

e ser lembrados, mas é das coisas pequenas que sentimos falta.

Os pequenos detalhes, os pequenos momentos,

os pequenos muros, as pequenas quedas ,os pequenos consolos.

Esses mudam nossas vidas.

Os grandes momentos, as grandes pessoas

essas existem e tomam nossa vida de forma passageira.

É na grandiozidade de poder notar àquela pequena coisa

que seu coração é preenchido completamente.

Os mínimos detalhes e momentos serão lembrados por toda a vida.

a pequenez do consolo nos serve para abrir os olhos,

e o pequeno muro branco de base para exergar o horizonte.

Parece surreal quando a vida nos quer dar uma segunda chance.

Nós fazemos sim o nosso destino, mas há uma força maior

nesse universo que rege nossos pés, mãos, fala e coração.

O máximo que podemos fazer é adiar o dia do que já está traçado

podemos brincar de viver, de conhecer coisas que não estavam

determinadas, de conhecer pessoas que nos marcam,

ferem e semeiam amor em nós.

Poderia alguém brincar com o destino e jogar fora uma segunda chance?

Quem seria louco o suficiente para demonstrar tal poder e firmeza de si?

Essa pessoa existe. Pessoas loucas existem e fazem acontecer coisas incríveis.

Acreditem quando falo de destino.

Não zombem da minha imaturidade, da minha infantilidade,

da minha fé no amor.

É possível que a vida nos dê uma segunda chance,

é inacreditável que a pessoa a jogue fora

e queira brigar com a hora marcada do destino.

É surreal amar alguém que brinque assim com a vida

só para provar que se tem o maior amor do mundo

do universo da sua cabeça e criar uma nova chance

para se viver um amor único.

Verdad Amarga




la verdad amarga es que te quiero

sin miedo, sin risa o secreto.

terça-feira, 17 de março de 2009

Tua presença em mim




Hoje eu acordei com fome,
após uma noite irriquieta
com medo da barata
que perambulava na cozinha

O calor infernal amenizado
por óculos escuros
e músicas aos ouvidos
foi potencializado pela fumaça,
do fumante sentado ao lado

Me sentei e comecei uma reflexão
frouxa dos meus pensamentos
(leia-se: sentimentos)

Fui da fumaça da boca,
ao cano de escape
ao letreiro do ônibus
ao meu atraso rotineiro
me vi numa encruzilhada.

- Desço, ou não desço?
- Não, ele não merece.
- Porque ele é assim?
- Mas é assim que eu gosto

E mais adiante pensei:
Não o tenho por completo como gostaria.
Embora o tenha como nunca quis:
cravado em mim,
carregado de lembranças
lindas e saudosas.

Saudosas porque ele quis assim
(talvez havia mesmo de ser como está)
lindas por que o amor é lindo
embora esteja como está

E por que motivo está?
E não o é?
Não acredito em frases prontas,
amores prontos, amizades prontas
"não foi porque não havia de ser"
"porque Deus quis"

Deus não existe, nós o matamos.
Não foi, não é, e está por que és burro
e o destino é uma caixinha de surpresas

Quem diria?
Eu o amo.

sábado, 7 de março de 2009



Pode ser um livro, um cartão, uma música
vez ou outra invento qualquer objeto
para te buscar onde quer que estejas
e ficares ao meu lado, deitado, imóvel,
sorrindo e me deixando beijar teus olhos fechados.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Nosso poema






Música: Celso Loch
Letra: Alice Ruiz



vontade de ficar sozinha

só pra saber

se você ia

ou vinha

quando deixou

esse bagaço

no meu peito

pedaço estreito

defeito na mercadoria do jeito

que você queria.

quarta-feira, 4 de março de 2009


Vazio


a cama vazia
o copo guardado
o som baixo
a casa arrumada
e a grama alta


Saudade


uma lacuna no peito
a cabeça lotada
músicas que recordam
um caminho traçado

Futuro


sorrisos estampados
abraços apertados
almoços falados
almoços-jantares
jantares-farras


Vazio, saudade e futuro
são consolo de quem sente falta.

Quem é quem

Posso dizer: estou pronto
para me dar ao que vier.
Posso errar, mas não por medo
de me ser no que fizer.
Quem me pode responder
que sabe ser, sendo inteiro
fiel e simples, sendo a tudo
que faz e não quer fazer?

Thiago de Melo

domingo, 1 de março de 2009

Revivendo sentimentos

Contigo achei que havia aprendido o que era amor, que aos vinte e um anos - beirando dois patinhos na lagoa - creio ainda não ter encontrado, aprendido, somente odiado.
Somente odiei o dia em que fostes, nos outros desprezei, chorei e senti pena (de ti).
Queria ter tido maturidade suficiente para abrir teus olhos.

Dizer: - Menino, o mundo é tão grande e a vida é tão curta. Melhor procurar em minha companhia o que buscas, para não ficares tão só.

Mas você sempre foi dono do seu grande nariz, senhor da razão e da verdade.
Hoje te vês só. Ontem eu me via só.
Talvez ainda enxergasse um mundo a dois e quando te vejo só, assim me via também.

Foi-se o tempo em que me via sem ninguém, acompanhada apenas da tua lembrança, resquício de presença, presença da tua sombra.
É duro escrever o que se fez esforço para esquecer.
Mas em dia assim, chuvosos, os pensamentos vem à tona.

Vez ou outra te busco em meu horizonte.
Mas acredite, não estou mais atrás da porta, atrás de você.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

rabisco colorido

o meu sonho é amarelo
o passado cinza com listrinhas rosas,
e nuvens nas bordas
com formas animalescas
de coelho e leão

meu coração verde bandeira
bruto, imaturo e valente, persistente.

meu futuro transparente
que nem véu de noiva
com cheirinho de mar

meu presente vermelho vivo
de doer na mente.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Martírio Carnavalesco


Em cada esquina que eu te encontrar

um novo amor há de surgir

nos lábios que não são teus

em plenas ladeiras de carnaval

e em cada esquina que eu pense,

eu sei, vou te procurar.

E cada facada vou sentir

ao te ver beijar.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

lembrança viva


Por que todos os idosos se parecem?
Deve ser porque o nariz e a orelha
nunca param de crescer
Ou é saudade demais
ou sempre o vejo.
Encontro meu avô
em cada esquina
com seu boné,
com sua bermuda,
camisa quadriculada,
à cuidar de suas pimenteiras,
à reclamar da vida
e ralhar com as pipas.


sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Segredo de capa-dura



Em páginas amarelas escrevo
sobre um sangue antigo e vermelho
que vi escorrer entre os vidros
que deixei escapar entre dedos

Meus sonhos são assim
rígidos e frágeis
feito vidro duro
Espelho dos amores que tive.