domingo, 1 de março de 2009

Revivendo sentimentos

Contigo achei que havia aprendido o que era amor, que aos vinte e um anos - beirando dois patinhos na lagoa - creio ainda não ter encontrado, aprendido, somente odiado.
Somente odiei o dia em que fostes, nos outros desprezei, chorei e senti pena (de ti).
Queria ter tido maturidade suficiente para abrir teus olhos.

Dizer: - Menino, o mundo é tão grande e a vida é tão curta. Melhor procurar em minha companhia o que buscas, para não ficares tão só.

Mas você sempre foi dono do seu grande nariz, senhor da razão e da verdade.
Hoje te vês só. Ontem eu me via só.
Talvez ainda enxergasse um mundo a dois e quando te vejo só, assim me via também.

Foi-se o tempo em que me via sem ninguém, acompanhada apenas da tua lembrança, resquício de presença, presença da tua sombra.
É duro escrever o que se fez esforço para esquecer.
Mas em dia assim, chuvosos, os pensamentos vem à tona.

Vez ou outra te busco em meu horizonte.
Mas acredite, não estou mais atrás da porta, atrás de você.

Um comentário:

  1. estais por aqui também? é né. rasgando cotovelos, revivendo sentimentos, achamos sempre um jeito de abraçar aquela velha sombra.

    Taiuara.

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