terça-feira, 6 de dezembro de 2011

sábado, 26 de novembro de 2011

Cositas



Me gusta que eres dulce
tranquilo y sereno
como un poeta

Como cuando oyes
O dices lo que no quiero

Me gusta más cuando
al compás del corazón
sentimos la canción

Me gusta toda tu cara
Y tu sonrisa, por entera.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

He despertado de un sueño




Ahora valen más tus excusas que sus razones. Y con ellas todo lo que significan. No digas que lo sientes porque todos tus corazones ya murieron. Solía llamarte por corazon helado. Pero era broma. Ahora tenemos que inventar una fecha que nos una para tener una excusa para recordarnos. Aunque duela. Porque contigo siempre duele. 

No tengo paraguas para sobrevivir bajo el cielo de tus ojos.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Compacto



                                                    lado a                                   lado b
                                                   o que eu penso                     o que eu sinto
                                                   como ajo                              como olho 
                                                   como vivo                             o que sinto
                                                   e vomito                               o desnecessário.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

As time goes bye



Voltas. E meu estômago dá voltas. Todo o autocontrole ensaiado se desfaz em dor(de tripas). Nervosismo racional confundido com as sensações de "conhecimento" e "quietude" que se tem ao voltar à própria terra. Nada será como antes e sem a voz de Milton Nascimento ecoando enquanto troco de roupa para te encontrar. Vida real é assim: a fábula fica para as lembranças a serem narradas, os sentimentos para a carta. E a afinidade para abraçar de muito, de tanta saudade.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Once upon a time, I was happy


A gente só volta se
reconhece em si ou
no suposto ser amado
um valor e magnetismo
que atraia e satisfaça


como um céu todo azul
e sem nuvens.
onde só 
o azul e o vento
nos agrade, de verdade.

a gente sabe e se reconhece
quando a saudade não morre,
mas estala e espera.

Mesmo que a saudade
seja menor que a espera
a gente se reconhece
também assim
também em ti.

sábado, 6 de agosto de 2011

Instruções



1. Deves manter-te firme e enxugar as lágrimas.

2. Somente deves chorar ao cortar cebolas ou durante um sonho de madrugada.

3. Não tentes interpretar pesadelos, pois a saudade deixa tudo intensamente imenso.

4. Não deves enviar sms depois que bebas, posto que haverá muitos "eu te amo" e erros ortográficos (mesmo que teu celular tenha touch).

5. Pares de cutucar a pessoa todo dia e vê se tentas não noiar com as últimas atividades recentes. Já que há vida boa e prazerosa longe de ti.

6. Em caso de briga ligues outro dia. Mas nunca comece a chorar.

7. Desistes de mandar e-mails. Não esperes ficar cinco vezes sem resposta para obter essa sábia consciência.

8. Nunca negues um convite de um amigo para sair, ele não faria o mesmo.

9. Vá viver!

10. O que tiver de ser será, mesmo com todo o peso que a palavra sinceridade  possa ter.  

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Memória

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão.

Mas as coisas findas,
muito mais que lindas,
essas ficarão.

Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 11 de julho de 2011

domingo, 10 de julho de 2011

As sem-razões do amor



Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.


Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.


Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.


Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.





Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 14 de junho de 2011

Sintonia




É, tudo depende do dia, não importa o tempo. Uma semana, um ano... tanto faz.
Talvez conhecendo a pessoa por mais momentos você já tenha eliminado as pequenas paranóias que sempre temos dentro de si cultivadas, que estão só esperando alguém que abra uma janela, em um dia de sol, e diga olá e as faça brotar.  

Mas esse argumento (e fator) do tempo a favor é balela. Pois com o tempo vamos criando uma base firme para afirmar infinitas paranóias posteriores.  Com o tempo utiliza-se confidências contadas em momentos de ternura e espontaneidade contra o relator. Você já sabe o que o incomoda e como se livrar da pessoa na circunstância que lhe convier. E isto é cruel.

Se a experiência e filmes idiotas haviam te ensinado que crueldade era desgostar de uma pessoa facilmente por horóscopo, cama desforrada e toalha molhada em cima da cama, o ciclo da vida mostra-se verdadeiramente real e cruel. Antes houvéssemos nos dado conta e parado nos primeiros sinais, mas não, o ser humano gosta mesmo de ser desafiado.

Assina a Veja? Besteira. Porque com certeza devem ser os pais recalcados, coitados. Ou você finge que acredita que ele assina só para ler e falar mal. Chifrou a ex-namorada para ficar com você no início? Que lindo, tava na cara que ele gostava de você. E não noie à toa, ele nunca fará o mesmo com você. (rá)

Talvez você acorde um dia de mau humor e todos seus defeitos estejam aflorados, como neon em boate, destacados poros em alto relevo para que se enxergue tudo  e, num instinto, te faça sacudir a cabeça, e pensar: que asco. Talvez.

Sabe, cinco minutinhos mudam a vida de muita gente. Talvez em uma briga de cinco minutos você me enxergue nesses cinco minutos. Talvez você realmente me escute pela primeira vez na vida e entenda, que não foram os cinco minutos, ou os segundos que o antecederam, foram todos os outros minutos em que não houve sintonia, ou pior, houve uma sintonia mascarada que cheguei até a acreditar que havia uma e quis congelar o tempo, naquele instante, para poder suportar todos os outros minutos dessintonizados. 

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Nada é atemporal


Eu não entendo e provavelmente não vou compreender nunca essa sua batalha diária para me afastar. Ironicamente contraditória, já que insistes em me observar até onde sua vista alcança no horizonte.

Parece até que sabe. Ou gosta de agir de acordo, estudando meus anseios. 
Escuta, você pode até rir dessa minha caligrafia tremida e de aspecto infantil, mas você tem que abrir os olhos e começar a não ver só defeitos.

Você tem que deixar fluir. Tentar sair do controle, e passar a ser sincero consigo porque comigo não basta (pois eu acredito).

É preciso interpretar bem os sinais, não deixar passar o que depois não fará mais sentido quando for dito. Pois o tempo também passa para as palavras que sonhamos e regá-las com álcool e tabaco talvez seja o mais insensato adubo para o que chamamos de paixão.

É triste pensar que nossa única certeza é a que nem tudo tem seu próprio tempo. É de pesar o coração, sejamos realistas.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Por quien merece amor


E se tudo está em câmbio na vida, para quase tudo há uma primeira vez. Não fugindo à regra e a agarrando para não perder o rumo de vez, posto esse vídeo só para que um dia lembre desse sentimento mundano que hoje me invadiu. 




Te molesta mi amor
mi amor de juventud
y mi amor es un arte en virtud

te molesta mi amor mi amor sin antifaz
y mi amor es un arte de paz

mi amor, es mi prenda encantada
es mi extensa morada
es mi espacio sin fin
mi amor
no precisa fronteras
como la primavera no prefiere jardín


mi amor no es amor de mercado
porque un amor sangrado
no es amor de lucrar
mi amor es todo cuanto tengo
si lo niego o lo vendo para que respirar

Te molesta mi amor
mi amor de humanidad
y mi amor es un arte en su edad

te molesta mi amor
mi amor desurtidor
y mi amor es un arte mayor

mi amor no es amor de uno solo
si no alma de todo lo urge sanar
mi amor es un amor de abajo
que el de venir me trajo para hacerlo empinar
mi amor el más enamorado
es el más olvidado en su antiguo dolor

mi amor habre pecho a la muerte
y despeña su suerte
por un tiempo mejor
mi amor, este amor aguerrido
es un sol encendido
por quien merece amor



Sílvio Rodriguez


É de amolecer qualquer coração de pedra.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Canção de uma enamorada





Quando me fazes alegre
Penso por vezes:
Agora poderia morrer
Então seria feliz
Até o fim.

E quando envelheceres
E pensares em mim
Estarei como hoje
E terás um amor
Sempre jovem.
 




Brecht

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Por uma vida medíocre




Quero o relapso de memória
A ignorância das lavadeiras
Viver com a sabedoria popular
E o curar das rezadeiras


Chega de amores complicados
Quero a felicidade simples
De um abraço apertado,
sono pesado e sonhos bonitos.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Pra mais tarde





E se em tudo na vida há um ciclo, no amor as coisas deveriam ser diferentes. Nada de prazo de validade pra um produto que nos faz tão bem. E é só chegar às vésperas do prazo esgotar-se que quase tudo torna-se amargo e impregna-se de bolor.

Vai! Raspa, corta, ingere. Quem sabe não seja indigesto ao ponto de ir comprar água de coco para a flora intestinal. Pode ser que fique a lembrança de uma refeição memorável e você consiga guardar uma doce memória para anos depois, quem sabe, sorrir ao sentir resquício de verdade em uma paixão já esquecida.

É preciso que se faça um plano B para tudo na vida (nesta e na próxima). Eu tenho gasto uma parcela de dedos e tempo tentando separar a mansidão da certeza arisca, tentando construir um outro plano válido, onde tudo seja palpável e menos amargo.


quinta-feira, 5 de maio de 2011

Pensamentos de segunda







Atônita 
deitada na bicama
de barriga para cima
 olhando pro teto

fazendo cachos 
com os dedos
a mão bagunçando
 os cabelos
desanuviando
 os pensamentos.

Pose de Cleópatra, 
deitada de lado
vendo o porta-revistas
repleto de livretos cheios
de saudade, amor e dor.

Deitada de barriga pra baixo
nutrindo a rinite que se alimenta
com todo esse mofo do meu quarto.

Deve haver algum vírus da loucura
pr'eu insistir em sofrer assim

Seja na umidade do quarto
ou na falta de nexo 
que pratico toda vez
 que tento, mas não consigo.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Mundo arredio







Cabeça cheia e caneta em mãos

e o mundo parece que começa 
ao levantar e procurar um caderno.
As idéias e pensamentos se foram

foi a dor de barriga que chegou
fazendo sala pra a apreensão
da quinzena que galopa.

A música penetra meus poros
e não me dá qualquer segurança
Fortalece incertezas irrequietas.

Arredio sentimento miserável.
Tanto te evito e me atormentas
vou te embeber em álcool 
e só te lembrar com palavras
"aquele-que-não-deve-ser-nomeado
vai ser o mais dito quando
a Ausência virar rotina"

Maldita sina.


Essa trapaça do tempo 
já está virando treinamento!

Um dia dou-lhe uma rasteira
e alcanço por fim um contentamento




Até lá continuo trocando a caneta pelo lápis por ter medo de errar.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Agonia





A primeira vez que notei sentir algo foi quando evitei tua mão enquanto andávamos pela rua. Tive receio do peso que isso me representaria.

A primeira vez que me senti confortável com você foi a primeira em que andamos de mãos dadas, por um longo trajeto, mesmo quando minha mão tremia.

A segunda vez que me senti mais que confortável foi apenas depois de longos quase 30 dias. Trinta estes em que sumisses e eu fui contente com outros - eu estava ao teu lado sentada, conversando amenidades entre espirros e cócegas, quando uma alegria tão grande me tomou que eu queria que o tempo parasse ali. Preu nunca mais estragar nada.

A primeira vez que achei que gostava de você foi em uma noite em que recebi uma desculpa esfarrapada sua e fui beber até amanhecer. Cheguei em casa 6'30", ébria e tagarela, quando uma amiga do meu irmão falou pra mim da cama ao lado: você não para de falar dele. E foi aí que sorri e dormi, satisfeita com a descoberta.

A primeira vez que vi que estava fudida foi quando me peguei rezando, pedindo aos céus que você gostasse de mim. E nem batizada sou.


A primeira vez que soube de fato, embora conteste como o diabo, que eu estou apaixonada por você, foi quando escrevi tudo isso agora, pensando baixinho: que bom seria se você chegasse agora, lesse tudo por trás escondido e eu não tivesse que dizer mais nada.


Mas pra variar você nem veio.


sexta-feira, 15 de abril de 2011

Amor en vacaciones



Me creí raíz y me fundí
de tanto esperar por
quien ya no venía
en el fondo lo sabía

Acabé el libro
que prestaría apenas
en el término de tu 
ya nostálgica estadía

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Mente feminina






Pense comigo:

se minhas lágrimas são gritos,
você já deveria estar mouco
e nunca mais me atender.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Loja de vasos







Não pode tocar,
Cuidado,
pode quebrar

Não corra,
caralho!
Vai ter que pagar

Não pergunte,
nem escute
Trate de esquecer

Ame por
tipo sanguíneo

Odeie por
acasos do destino
de doença,

de demência
ou qualquer
coisa
que o valha.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Frágil saudade






Amor, amor, amor, amor.
é tudo o que sinto por você.
Por vezes regado com muita raiva, 
mas sobretudo (e no fim mes-mo) 
o que sobrevém é só saudade.

Saudade de te ter todo nos meus dias,
mesmo quando a gente não se via
e não saías nunca de minha cabeça 
Inclusos os momentos apáticos.

Saudade de importar, de brigar.
de ainda significar algo por qual
tenha fé que valha a pena chorar.

Se amor não é sinônimo de dor
poder-se-ia praguejar saudade
Ou aquele sentimento agonizante
de te ver em uma mesa ao lado
e não ter forças de ir dizer Olá

E no leque de probabilidades do
acusativo do pronome reflexo se
já posso afirmar sem tremer
se não houvessem os se's, nós 
sequer um dia poderíamos ser.

terça-feira, 22 de março de 2011

Muda esse disco








Cortando a carne seca
Talvez eu me esqueça
Porque já quis chorar


Ouvindo nossa música
Talvez eu perceba
Porque não quis voltar

terça-feira, 1 de março de 2011

Desorden y amor




Entre desorden y amor 
hubo un pacto de silencio:

Claro que puedes huir aquí,
seré tu viejo ancladero
mientras me corroes.

Y juntamente fuímos 
como sólo uno siempre se vá
poco a poco, codo a codo. 

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Estereótipo





Pode ser alto, magro
gordo, alto.
Alto!
(ou apenas maior que eu)

Pode ser excêntrico
ter suas peculiaridades
mas que não tenha:
1. gosto musical incompatível
2. gosto para filmes irritantes
3. e leitura medíocre.

Não pode assinar a Veja
e pelo amor de Deus:
Não toque em banda,
pois atrapalha o fim de semana.

Não pode ser vegetariano,
aspirante a músico,
ou só falar da mãe
e estudar no mesmo campus.

Que não seja a favor
da pena de morte,
nem muito ciumento
(esses dois arruinam
qualquer relação)

Em época de eleição
vote nulo e saiba argumentar
mas não vote na oposição
ao meu candidato

Em festas saiba se comportar
em jantares, saiba falar,
em shows, saiba dançar

Creia na confortabilidade do silêncio
e saiba mantê-lo em horas propícias
Saiba também quebrá-lo
e não seguir nenhuma regra

Podes também
não se enquadrar
em qualquer padrão.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Prova dos nove





nove não é o mesmo 
que menos que cinco

mas também é 
menos que dez

nove nunca foi 
número da sorte

tampouco um 
que me dera azar

talvez nove 
seja muito,
para muitos

pra mim é pouco
pro que eu andei 
até agora.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

2010




Sería un error decir que el 2010 ha sido un mal año sólo porque ha acabado mal. Y he estado a punto de no atreverme a escribir todo esto por miedo a que doliera demasiado o a que me sangraran todas las cicatrices, pero mirando fotos y sonrisas me he dado cuenta que, pese a no haber avanzado demasiado, he aprendido mucho. Y eso es lo que cuenta, ¿no?