quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Três meses

   
   
 À uma amiga



É menina, tua máscara caiu
já não te reconhecem mulher.

Tuas atitudes remetem à infância
e teu choro à angústia primária.

Roubaram teus sonhos e 
te deixaram apenas o egoísmo 
o desespero de reavê-los 

Pondera, pensa e chora.
De que vale a falsidade?
A mesquinhez? 

Se no fim das contas te vês 
só em menos de um mês

Renegar o que és
é como ter um filho
e não amá-lo

Talvez por querer matá-lo
por uma embriaguez 
de prováveis projetos

Aspirações fracas que 
facilmente se derrubam
com um número três.