terça-feira, 13 de março de 2012

Hoy he despertado sensible

¿ A dónde van aquellos ojos
que ya son parte de un
trozito de mi corazón?

Dónde están los ojos negros
color de fruta que exhalan la más
perfecta armonía de olor y color.

Por cuales senderos lejanos
se pusieran a caminar
a sentir, a ver, a probar
para ellos mismos y a todos
los de otros tipos y colores.

No sé por dónde andan
Con quién caminan
O quién los quiere

Sólo sé como ha dicho
Nat King Cole - solamente
equivocandose del color -
"aquellos ojos negros
pedazos de mi rutina"

Com dor, sem drama.



É pelo sentimento que se engole tudo o que deveria ser esmiuçadamente explicado. 

É pela falta de tempo que passamos por cima e pulamos abismos.

É pela necessidade que seguimos em frente. E também por mais receio que amor, que voltamos ao passado.

Receio de ter todas as dores de novo ou ainda maiores que aquelas dilacerantes de picotar papel.

Receio de cair na mesmice. Receio que a insegurança sobreponha a Maior vontade.

Já errei muito e não me serve de consolo que outros tenham erros maiores.

Sou responsável por aquilo que cativo, da raiva ao espanto, da saudade ao desprezo e provavelmente por coisas piores.

Somos responsáveis até pelas costas que viramos e eu nunca, nun-ca fugi mais que uma semana dos meus erros.

Nessas horas vale mais tocar o barco dos planos palpáveis.

E mulher sempre sabe: a idade é que nos faz afundar o bote com lágrimas ou apenas humedecê-lo.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Par de olhos



O dono dos olhos mais bonitos que já vi não tem os olhos mais bonitos do mundo.  Nem fala só por eles. O dono dos olhos mais bonitos que já vi tem uma simetria, na minha matemática, perfeita.

Quando ele fecha os olhos por uns segundos e me sorri entre bochechas e dentes é a coisa mais linda que quero ter por perto naquele momento. Esses olhos são cheios de dedos e acredito sim, que com o tempo terão mais tato.

Ai, esses olhos negros. Pouco me importa o que vocês acham e quantos olhos vão recriminar este texto. Prestem atenção, todo mundo deveria uma vez na vida ter um par de olhos daqueles. Não na cara. Não na nuca. Mas à sua frente e ao seu lado, sempre.

Esses olhos são tão puros que em momentos de atrito, de conflito, a voz rude e os movimentos mais bruscos chegam a descombinar momentaneamente a simetria. Eles devem ser nutridos pelo coração, pois o corpo baqueado demonstra que ali ainda há vida, mas somente nutrida pelo coração.

E o olhos sobrevivem. Também os ouvidos, o nariz, as mãos, as pernas e sofridamente a boca revelam ainda ter vida. Mas nenhum órgão é visivelmente tão puro como aquele par de olhos (talvez por não emitirem som). 

O único alívio e também pesar, é que tudo é nutrido e velado pelo coração. Ele sim tem foco, força nas pernas e fome de vida melhor. Parceiros, irmãos. Vivem os dois juntos, os olhos e o coração.