quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Com alguns homens fui feliz, com outros fui mulher.



Ai, ai. A preguiça que tem me assomado esses dias me assusta. Tenho dado preferência ficar em casa, deitada no sofá vendo caverna do dragão, ou sentada nessa cadeira dura, que de tanta dureza me lembra o que me espera lá fora, e por aqui mesmo eu fico.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

"(...) O que há de doloroso em tôda a relação entre sêres humanos ainda não me surpreendera e ainda não tinha experimentado. Por mais unidos que sejam, sempre permanece entre dois sêres humanos uma lacuna, que apenas o amor, e apenas de tempos em tempos, pode transpor com uma ponte improvisada (...)"

Knulp - Hermann Hesse

(mais um achado - meu - de Hesse, entres os sebos)

segunda-feira, 14 de setembro de 2009



¿Quieres saber qué me gusta de ti? Que me rechazaste, que eres delicado, que estás asustado, que eres guapo, que estás fuera, que me provocas ternura, que me excitas, que estás igual de atrapado que yo.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Dor sem cura


Há muito tenho um tufo de lágrimas preso na garganta que me impede de dizer tudo o que mereces ouvir.
Tem tempo que ando triste e não cumpro meus deveres, nem o que mais gosto me excita mais.
Nada me apetece e meu organismo já não responde mais:
Meus olhos sempre com olheiras já estão tão profundos que do fundo do poço não enxergo outras pessoas.
Meu sono desregulado me desnorteia a rotina, hora por não vir nunca, ou vir sempre nas horas menos inesperadas.
Meus ouvidos estão saturados de escutar tanta bobagem, tanta merda
nesse mundo, e cansados de ouvir lamúrios falsos de gente que não dá valor à vida.
Minha garganta engasgada me impede de engulir o mar que tenta todos os dias me engulir.
Por isso meu coração vai de acordo com a maré.
Por horas cheio de vida e bonito, por outras cheio de vida também, porém daquelas pequeninas que se escondem em buracos na areia, ou oscilando de acordo com o vento.
Minha dor deve ter remédio, mas faz anos que cansei de procurar; A alternância de amores assimilados com proporções de tristeza e alegria me enganou e já me sentia sem rumo, perdida, ao menos até hoje pela manhã.
Não sei se fora meu pai brigando pela hora, minha mãe com a sabedoria de sempre a apaziguar ou minha cachorra que me lambeu e me deixou puta, que me fez atinar que estou viva, e apesar daquela frase estupidamente sofrida que sempre ouço em enterros, onde meu coração dilacerado já não sente mais nada e meus ouvidos tornam-se filtros falhos, que me escancarou o mundo.
É, 'a vida continua'. E eu posso morrer te amando, mas em outros amores vou-me deixar abraçar.