terça-feira, 13 de março de 2012

Com dor, sem drama.



É pelo sentimento que se engole tudo o que deveria ser esmiuçadamente explicado. 

É pela falta de tempo que passamos por cima e pulamos abismos.

É pela necessidade que seguimos em frente. E também por mais receio que amor, que voltamos ao passado.

Receio de ter todas as dores de novo ou ainda maiores que aquelas dilacerantes de picotar papel.

Receio de cair na mesmice. Receio que a insegurança sobreponha a Maior vontade.

Já errei muito e não me serve de consolo que outros tenham erros maiores.

Sou responsável por aquilo que cativo, da raiva ao espanto, da saudade ao desprezo e provavelmente por coisas piores.

Somos responsáveis até pelas costas que viramos e eu nunca, nun-ca fugi mais que uma semana dos meus erros.

Nessas horas vale mais tocar o barco dos planos palpáveis.

E mulher sempre sabe: a idade é que nos faz afundar o bote com lágrimas ou apenas humedecê-lo.

Um comentário:

  1. Ser mulher é ser reticências e interrogação,
    ao mesmo tempo numa exclamação sem fim.
    Onde só o ponto é capaz de dizer,
    a que se deve tal destin...

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